Chamados de 3º sexo, e considerados como enviado dos deuses, os hijras, existem na Índia há séculos, e podem ser considerados tanto indivíduos pertencentes a uma casta, quanto a um culto. Veneram a deusa Bahuchara. Eles são, ao mesmo tempo, temidos e cortejados entram e dancam em casamentos e nascimentos, aonde chegam sem precisar ser convidados. Pois, tanto podem levar bençãos, como azar, dependendo do modo como sentem que foram recebidos. Segundo a superstição hindu, a praga de um hijra pode trazer infelicidade, por muitos anos.
A impotencia, ou a infertilidade masculina, analisada sob o prisma da procriação, é mais vergonhosa para os hindus, de que a homossexualidade. Tanto é que, muitos pais, ao perceberem traços de feminilidade nos filhos, entregam-nos para as casas de hijras, onde crescerão e aprenderão a ser um deles, destino, que acreditam estar reservado pelo karma. Homens impotentes ou inferteis para fugirem da vergonha social por não procriarem, oferecem sua genitália a deusa Bahuchara.
Entre os indianos da cidade de Varanasi, ao norte da Índia, rituais de castração ou de se vestir como mulher é aceito e explicado culturalmente entre os hijras e os jankhas. Muitos hijras, só se consideram “verdadeiros”, após tal cerimonia, que é um ritual proibido e protegido pelo grupo, por um complexo código de silencio.
Moram em comunidades pequenas, a maioria no norte do país, andam em pequenos grupos, chefiados, normalmente, pelo mais velho. Usam vestimentas femininas e muita maquiagem, assim como nomes femininos.
A comunidade hijra está tão enraizada no islamismo indo-paquistanes como no hinduísmo em si. Muitos deles, se não a maioria, são muçulmanos, não só no Paquistão e em Bangladesh, mas na secular Índia hindu , e sua conexão com as dinastias islâmicas que governaram a Índia é motivo de orgulho, inclusive para os hijras que professam o hinduísmo.
Atitudes agressivas contra os castrados são consideradas de mau augúrio, pela maioria dos indianos, que acreditam, piamente, que a desvirilização traz grandes poderes e que, quem atrapalhar o ritual dos hijras, será vitimado pelo azar. E que, se os pais do recém-nascido ou dos recém-casados não pagarem as bençãos dos hijras, pragas cairão sobre eles.
Atualmente, eles passaram a dançar tb em festas escolares e despedidas de solteiro.
Are Baba !!!!
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